quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A DIFÍCIL ARTE DE OUVIR !!

O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massas como a interpessoal, é o de como o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa, falou. Na conversação dá-se o mesmo. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo. Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações e como ando bastante entusiasmado com a formulação delas, divido-as com o competente leitorado que, por certo, me ajudará passando-me as pesquisas que tenha a respeito. Observe que: 1) Em geral o receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não está dizendo. 2) O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir. 3) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir. 4) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que imagina que o outro ia falar. 5) Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida. 6) O receptor não ouve o que o outro fala, Ele ouve o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse. 7) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que está sentindo. 8) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando. 9) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a emocionem, agradem ou molestem. 10) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está falando em objeto de concordância ou descordância. 11) A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra. 12) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente. Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar! O que há, em geral, são monólogos simultâneos trocados à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os pólos ouvem-se, não, é claro, no sentido material de "escutar", mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está dizendo. Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando. Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem a si mesmas. Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem, e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. Não é, pois, um sólido mecanismo de defesa. Ouvir é um grande desafio. Desafia de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza, ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria. Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar.
Artur da Távola

DEUS E O DIABO

DEUS E O DIABO.  
E Deus disse: "Que cresça a erva, que a erva dê semente, que da semente cresçam árvores e dêem frutos".  
E Deus povoou a Terra com brócolis e couves-flores, espinafres, milho e vegetais verdes de todas as espécies, de forma que o Homem e a Mulher pudessem viver longas e saudáveis vidas.

E Satanás criou o McDonald's e a promoção de dois Big Macs a cinco reais. 
E Satanás disse ao Homem: "Queres as batatas fritas com quê?" 
E o Homem disse: "Na promoção, com coca-cola, catchup e mostarda".  
E o Homem engordou cinco quilos.
 
E Deus criou o iogurte saudável, para que a Mulher mantivesse a forma esbelta de que o Homem tanto gostava.

E Satanás criou o chocolate. E a Mulher engordou cinco quilos. 

E Deus disse: "Enviei-vos bons e saudáveis vegetais e o azeite para que os possam cozinhar".  

E Satanás inventou a gordura hidrogenada, a galinha frita e o peixe frito.  
E o Homem ganhou dez quilos e os níveis de colesterol bateram no teto.  

E Deus criou os sapatos de corrida, e o Homem perdeu aqueles quilos extras.  

E Satanás criou a TV com controle remoto para que o Homem não tivesse de se levantar para mudar de canal.  
E o Homem ganhou mais vinte quilos.  

E Deus disse: "Estás passando dos limites, Demônio".  
E o Homem teve um ataque cardíaco.  

E Deus criou a intervenção cirúrgica cardíaca.  

E Satanás criou o sistema de saúde brasileiro aquele, do qual o Serra foi Ministro ....  

Mas Deus salvou o homem lhe dando nova chance ... 

Então, Satanás criou o Bush.  

E aí Deus desistiu!!